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Jovem morta pelo ex em condomínio tinha medida protetiva contra ele, diz TJ
22/10/2025
(Foto: Reprodução) Jovem é morta pelo ex-companheiro, em Goiânia
A jovem de 28 anos morta pelo ex-companheiro em um condomínio em Goiânia tinha uma medida protetiva em vigor contra ele, de acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Bárbara Valim da Silva foi morta a tiros no bairro Jardim Cerrado 6 e deixou dois filhos, um deles fruto do relacionamento com o suspeito, segundo uma amiga.
A existência da medida protetiva, inclusive, foi um dos argumentos usados pelo juiz de plantão Joviano Carneiro Neto para manter Luiz Gustavo Rodrigues Rocha preso, ao converter a prisão em flagrante em preventiva. Na decisão, o magistrado considerou haver risco à ordem pública e de o autor cometer outros crimes caso fosse liberado.
"O acusado, mesmo com medida de protetiva de urgência deferida em favor da vítima, não hesitou em supostamente praticar o crime de feminicídio, o que revela total desprezo pelas determinações judiciais e pelas normas de proteção à integridade física e à vida da ofendida", disse o juiz.
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A Defensoria Pública de Goiás informou ao g1, por meio de nota, que representou o suspeito durante a audiência de custódia, realizada no domingo (19), dia seguinte ao do crime, e que não comentará o caso.
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Bárbara e o ex-companheiro estavam separados havia cerca de um ano, segundo uma amiga.
Reprodução/ Instagram de Bárbara Alvim e Divulgação/ Polícia Civil de Goiás
Em um vídeo divulgado pela polícia, Luiz Gustavo confessou o crime. Ele contou que foi ao condomínio tentar conversar com Bárbara, que se recusou. "Quando eu vi, eu já tinha feito. Já apertei (o gatilho) e virei as costas", afirmou o ex. De acordo com a Polícia Civil, ele foi preso por feminicídio e porte ilegal de arma de fogo.
Histórico de agressões
Em entrevista ao g1, Jevylla Fernanda, pastora e amiga de Bárbara há seis anos, contou que ela e Luiz Gustavo estavam separados havia cerca de um ano. Bárbara era mãe de dois meninos, um de 11 e outro de 6 anos. O caçula é filho do suspeito.
Segundo Jevylla, Luiz Gustavo já havia agredido Bárbara e, por isso, ela tinha conseguido a medida protetiva. Ela conta que ajudou a amiga a fazer a mudança quando ela saiu da casa onde morava com o então companheiro. Depois da separação, Luiz Gustavo continuou procurando a ex.
"Ele queria muito voltar com ela. Em princípio, quando eles se separaram, ela até pensou. Ela falava para mim que se um dia ele voltasse a trabalhar, virasse um homem bom, ela talvez voltaria. Mas ele, parece, não queria seguir esse caminho", disse a amiga.
A pastora, que é da Igreja Celestial, no Jardim Cerrado 10, frequentada por Bárbara, define a amiga como uma mulher boa e trabalhadora. "Ela fez enfermagem, estava trabalhando na área. Depois ela, começou a fazer fisioterapia e já estava atuando um pouco também. Nesse um ano separada dele, ela conquistou a casa dela, as coisas dela", relatou.
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